Arujá realiza segunda Oficina de Letramento Racial com cerca de 80 servidores da Assistência Social

A Prefeitura de Arujá promoveu, na manhã de segunda-feira (14), na Câmara Municipal, a 2ª edição da Oficina de Letramento Racial para Servidores Municipais, desta vez voltada exclusivamente aos profissionais da Secretaria Municipal de Assistência Social. A ação dá continuidade à formação iniciada em junho, com o objetivo de fortalecer práticas antirracistas.
Organizada pela Diretoria de Igualdade Racial em parceria com a Secretaria de Assistência Social, a oficina reuniu cerca de 80 trabalhadores das unidades e coordenações de programas administradas pela pasta. O encontro fez parte de uma estratégia mais ampla da gestão municipal para promover equidade racial e qualificar os atendimentos nas Políticas Públicas de proteção social.
Participaram da atividade servidores dos três Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), dos Centros de Convivência da Criança e do Adolescente (CCCA), do Centro de Convivência do Idoso (CCI), do Centro Dia do Idoso (CDI), do Centro POP, do Serviço de Acolhimento Institucional (SAICA), do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), do Cadastro Único (CadÚ), da Vigilância Socioassistencial e dos Programas Criança Feliz e Frente de Trabalho.
A programação foi conduzida pelos palestrantes Sirlene Bassi (gestora escolar), Anelise Santiago (professora técnica) e Cleber Pereira (gestor escolar), em parceria com a Secretaria de Educação, que abordaram temas relacionados ao racismo estrutural, ao papel das instituições públicas na promoção da equidade e às práticas cotidianas de acolhimento com respeito às diversidades. Também estiveram presentes no evento a diretora de Igualdade Racial, Lucia Ribeiro, e a secretária-adjunta de Assistência Social, Adriana Ferreira.
Segundo levantamento recente do Cadastro Único, 42,05% dos inscritos em Arujá se autodeclaram pretos ou pardos, o equivalente a 15.328 pessoas. Desse total, 6.878 são mulheres negras responsáveis por suas famílias. No programa Bolsa Família, os dados de março de 2025 indicam que 43,3% dos beneficiários se autodeclaram negros, com 602 mães negras solo como responsáveis. Os números reforçam a importância de qualificar o atendimento com base em práticas antirracistas, especialmente em Políticas Públicas que atuam diretamente com a população em situação de vulnerabilidade.
Com dinâmicas e reflexões conduzidas por especialistas em relações étnico-raciais, a formação propiciou um espaço de diálogo sobre o enfrentamento ao racismo estrutural e institucional, ampliando o entendimento sobre os impactos das desigualdades raciais nas rotinas de atendimento. Ao abordar o papel dos servidores públicos como agentes de transformação social, a iniciativa reforça o compromisso do município com a construção de uma gestão inclusiva e baseada nos direitos humanos.
A série de oficinas integra um cronograma contínuo de formação, que seguirá, ao longo do segundo semestre, com novos grupos de servidores de diferentes áreas da administração municipal. O objetivo é alcançar progressivamente todas as frentes de atendimento ao cidadão, destacando-se pela cultura institucional antirracista em Arujá.

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