A direção do CONDEMAT – Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê solicitou apoio emergencial do Departamento de Águas em Energia Elétrica (DAEE) para conter as enchentes e minimizar os impactos causados pelas chuvas nas cidades da Região. Um dos pedidos é a abertura de comportas na Barragem da Penha, em São Paulo, para permitir o melhor escoamento das águas do Rio Tietê.
Pela operação atual do sistema, quatro das seis comportas da Barragem da Penha permanecem fechadas, o que aumenta o represamento da água principalmente nos trechos que cortam Mogi das Cruzes, Suzano, Itaquaquecetuba e Guarulhos. Consequentemente, o nível do Rio Tietê não abaixa mesmo nos períodos de estiagem da chuva e isso reflete em todas as cidades que estão na Bacia do Rio Tietê.
O CONDEMAT já acionou o DAEE e aguarda uma agenda urgente com a superintendência do órgão, que é responsável pela operação das barragens.
“Precisamos de uma solução técnica imediata porque a situação nos nossos municípios está crítica e se não tiver o escoamento da água do Tietê vai piorar com a previsão de chuvas para os próximos dias”, alerta o presidente do CONDEMAT, Caio Cunha, prefeito de Mogi das Cruzes.
Conforme apurado pelo CONDEMAT, a Barragem da Penha conta com seis comportas, sendo que atualmente somente duas delas estão abertas para a vazão do rio. O fechamento das outras quatro comportas tem o objetivo de conter os alagamentos na Marginal Tietê, na Capital, mas provoca o transbordamento nas cidades do Alto Tietê. “É preciso rever o modelo de operação para que nossa região não seja tão prejudicada”, ressalta o presidente do Consórcio.
Além da abertura das comportas em caráter de urgência, os prefeitos reforçam a solicitação para obras de desassoreamento dos trechos do rio nos municípios da região.
De acordo com dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, juntos, os municípios de Ferraz de Vasconcelos, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes e Suzano, que vêm sendo os mais afetados, registraram mais de dois mil milímetros de chuva nos sete primeiros dias de fevereiro. A previsão é de que as chuvas persistam ao longo do mês.
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