Durante a primeira audiência pública promovida pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) para projeto de concessão dos serviços públicos de exploração do sistema rodoviário do Lote denominado Rodovias do Litoral Paulista, ocorrida ontem (18), em São Paulo, os prefeitos do Alto Tietê se posicionaram contra a possibilidade de implantação de pedágios na Rodovia Pedro Eroles (Mogi-Dutra /SP88). De acordo com o projeto, existe a possibilidade da implantação e duas praças de cobrança, uma em Arujá e outra em Mogi das Cruzes.
No auditório do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), na capital paulista, os prefeitos Caio Cunha (Podemos), de Mogi das Cruzes, Luis Camargo (PSD), de Arujá e Eduardo Boigues (PP), de Itaquaquecetuba, discursaram presencialmente contra as possibilidades de cobram e apontando diversos motivos . Participando por chamada de vídeo, uma vez que a audiência foi híbrida, o prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi (PL) também participou. O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, André do Prado (PL) também discursou na audiência.
Durante o encontro, Caio Cunha, que também é presidente do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), voltou a defender a realização de audiências nos municípios que serão impactados pelo projeto.
“Mais uma vez a gente vê aqui que essa audiência acaba sendo um mero rito. Por que um mero rito? São 13 cidades aqui que vão ser afetadas por esse pedágio. Acho que o Tenente Coimbra foi muito certeiro aqui. Um projeto tão extenso e tão cheio de detalhes, não dá pra gente vir numa audiência pública discutir ele inteiro, sendo que cada uma das cidades tem a sua peculiaridade. Cada uma das cidades vai ser atingida de uma forma diferenciada. Eu não posso falar por Peruíbe, por Itanhaém e por Bertioga. Eu posso falar por Mogi das Cruzes”.
Caio Cunha também ressaltou que, apesar de compreender a importância do projeto para o litoral do estado de São Paulo, as cidades do Alto Tietê não devem ser impactadas com a instalação de pedágio na Mogi-Dutra.
Se solidarizando e assinando em baixo da fala do prefeito mogiano, Luis Camargo, usou a tribuna para também defender sua contrariedade as possíveis cobranças. “Se uma praça de pedágio já era ruim, duas então piorou um bocadinho. A gente sabe que o pedágio é bidirecional e nos temos uma relação muito grande com a cidade de Mogi em especial, t temos as faculdades que nós precisamos sempre estar acessando, tem a questão da saúde, que está muito interligada, a questão da gestão do CROSS, que é atendido basicamente por Mogi, a questão do comércio, nós temos o hortifruti, no temos a questão do moradores do entorno, então evidentemente que a população de Arujá, assim como os demais do entorno se sente de veras prejudicada”, disse Camargo.
O pessedista salientou ainda que uma obra de duplicação de pouco mais de 1 quilometro na altura que beneficiará aos moradores do Jardim Via Dutra e do Josely, que hoje foi segregada com o fechamento da Mogi Dutra é muito bem-vinda.
“É fato em boa hora essa duplicação, toda via eu observo também no edital que, para que essa duplicação aconteça serão necessários dois anos, veja que a população de Arujá particularmente vai iniciar o pagamento de pedágio para dali dois anos apenas ter essa pequena obra de facilitação do acesso”, disse o prefeito de Arujá.
Camargo ainda utilizou seu tempo de fala para destacar a necessidade ausência no plano técnico apresentando na audiência, de uma conversa em especial com a nova Dutra para que ocorra de fato a implementação não somente da rotatória para o acesso a Rodovia Presidente Dutra, mas, que haja também a transposição “Ao que consta no projeto nos teremos sim o acesso a rotatória por tanto quem vira de Mogi continua tendo acesso para Dutra, toda via apenas sentido Rio. Nos continuamos privados do acesso á São Paulo. Então eu gostaria que fosse feita uma reavaliação desse quesitos”, disse.
Outras audiências ainda estão previstas sobre o assunto. Vale destacar que a população pode enviar sugestões em relação ao projeto no site da Artesp, até o dia 4 de setembro.
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